Para qualquer empreendedor que realiza ou deseja fazer algum tipo de importação, um dos conhecimentos imprescindíveis para ter sucesso na operação é saber as modalidades de câmbio na importação. O processo de importação é bastante complexo e gera muitas dúvidas nos empresários.
Se você deseja se aprofundar no assunto, continue lendo este artigo em que explicamos como funciona o câmbio na importação, e, depois, listamos e explicamos as suas principais modalidades, no fim, abordando a importância de ter o apoio de um especialista no assunto. Confira!
Como funciona o câmbio na importação?
Primeiramente, o câmbio é uma operação em que ocorre a troca de moeda nacional por uma estrangeira e vice-versa. Apenas bancos e algumas instituições (como casas de câmbio) são autorizadas a efetuar essa operação.
Quanto à importação, ela pode ser feita com ou sem cobertura cambial. Nesse último caso, não há contratação de câmbio, pois não há pagamento ao exportador e não há necessidade de adquirir moeda estrangeira. No caso em que há cobertura cambial, os valores faturados devem estar de acordo com o INCOTERM da operação de importação.
Quais são as principais modalidades de câmbio na importação?
Cada modalidade tem seus próprios, riscos, benefícios e desvantagens, além de que o pagamento pode sofrer menor ou maior influência do câmbio, dependendo da escolha. Confira as principais modalidades abaixo.
Pagamento antecipado
Como o nome indica, o importador faz o pagamento antes que o embarque de mercadorias seja iniciado. Depois, o exportador embarca os bens com a documentação.
Nessa modalidade, o importador arca com os riscos do negócio, mas ela pode ser vantajosa para ele quando existe expectativa de elevação dos preços ou variação de câmbio que desfavoreça a importação — pois o pagamento antecipado congela os preços.
Remessa sem saque
Também conhecido como letra de câmbio, trata-se de um título que impõe a responsabilidade de fazer o pagamento ao importador. Se o pagamento não for feito, o título pode ser protestado e cobrado legalmente.
Como não há banco intermediário, aqui, é o exportador quem assume os riscos pelo fato de que ele não tem formas legais de fazer a cobrança na hipótese de inadimplência. Entretanto, o processo é mais ágil e inexistem taxas bancárias.
Cobrança documentária
Aqui, o pagamento é intermediado por um banco. O exportador embarca a carga e envia os documentos à instituição. Depois, o importador deve comparecer ao banco e efetuar o pagamento à vista ou assinar o saque, se for a prazo.
Após esse trâmite, o importador recebe os documentos para fazer o desembaraço aduaneiro. Ressalta-se que o banco atua apenas como mediador e não garantirá o pagamento.
Vale postal
Nesse caso, o processo é operado pelos Correios. O serviço é usado para fazer o pagamento de valores baixos, sendo disponibilizado para mais de 20 países. Seu prazo vai até 5 dias úteis e são cobradas duas taxas: uma de R$ 35 e outra de 1,5% sobre o montante da remessa.
Carta de crédito
O importador pede créditos a um banco, que estuda a solicitação e emite uma garantia de que realizará o pagamento ao exportador. Essa operação é uma das mais seguras para as partes, consistindo em uma das modalidades de pagamento mais utilizadas nas operações quando se trata de comércio exterior.
Entretanto, os bancos exigem taxas e comissões em diversos serviços. Além disso, as instituições apenas conferem os documentos e disponibilizam os créditos, ou seja, elas não garantem que os produtos enviados correspondem ao que está previsto na documentação.
Qual é a importância de contar com agentes especializados?
Percebe-se que, para escolher a modalidade ideal para seu negócio, é preciso conhecer as cotações das moedas e também as taxas negociadas. Para que você tenha essas informações, é fundamental contratar uma empresa especializada em realizar importações e exportações, bem como lidar com burocracias do Radar e do processo.
Existem diferentes modalidades de câmbio na importação, sendo que é preciso tomar muito cuidado sobre sua escolha para encontrar a opção mais adequada. Diante da complexidade do tema, é crucial ter o apoio de especialistas no ramo para fazê-lo.
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